sábado, 30 de julho de 2016

Ollantaytambo

O segundo forte inca no Vale Sagrado é o de Ollantaytambo, situado no meio do caminho para Macchu Picchu. 


Como Pisac, a cidadela esta estrategicamente situada no topo da montanha, com terraços servindo para a produção de alimentos e barreiras contra invasores. O entalhe das pedras é perfeito, semelhante ao de Macchu Picchu.


Fontes e canais de água cortam todo o complexo, e funcionam até hoje. 


Na praça da cidade, havia uma reunião política para pedir mais apoio para a população local, que estava vestida a costume.


Do outro lado do vale, e a cerca de 300 m de altura, havia uma outra ruína inca, que é chamada de 'Armazém'. Subi até lá e o esforço valeu a pena, não foi?



sexta-feira, 29 de julho de 2016

Písac

Situado na extremidade sul do Vale Sagrado, onde corre o,rio Urubamba, está o forte e centro religioso de Písac. Cuzco fica a apenas 30 km dali.


Trata-se de uma cidadela Inca, cercada de terraços agrícolas, casas e postos de observação, tudo num local estratégico.


A vista do vale, a partir do forte, é deslumbrante. 


Como em Macchu Picchu, há pedras polidas e de encaixe perfeito.


13o. Trecho: Abancay - Písac


Neste trecho sinuoso, entre vales e espigões da cordilheira dos Andes, fiz apenas 240 km, que valeram por 500. Vi muitas paisagens bonitas, com picos nevados e mais vegetação que no litoral, que era praticamente desértico.


No caminho, passei,por Cusco, que fez me lembrar da viagem que fiz com Sissi, Lelo e Ale em 2011. Saudades...


Antes de chegar a Pisac, que está no fundo do Vale Sagrado, tive essa visão do alto da serra. Não é de tirar o fôlego?


Mais detalhes deste vale histórico no próximo post!

12o. Trecho: Nazca - Abancay

Como este trecho atravessa os Andes no sentido W-E, ele é bastante sinuoso, e as temperaturas variam de acordo com a altitude. Cruzei lagoas alpinas e vi guanacos selvagens, muito raros hoje em dia.


Apesar de terem sido 460 km, o cansaço foi como se fossem 900. Mas valeu o esforço. Amanhã tem Pisac e o Vale Sagrado. Até lá!

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Nazca!

Há dois mil anos, uma civilização pre-inca apareceu no sul do Peru, entre as montanhas e o oceano Pacífico. Eram os Nazcas. Recentemente, foram descobertas algumas pirâmides, usadas para rituais religiosos.


Eles desenvolveram a engenharia hidráulica para a irrigação dos vales, que são usados até hoje.


Esses poços são usados para obter água de canais subterrâneos (púquios), e ainda funcionam. A água é doce e fresca.


Os Nazca e seus sucessores mumificavam seus mortos, e o clima seco da região permitiu que as múmias se conservassem até hoje. 


Mas o ponto alto do local são as famosas linhas de Nazca, que só podem ser vistas do céu. Fiz um sobrevoo e estas são algumas delas. Você consegue distinguir as duas figuras abaixo? 



Além dos animais e plantas, há uma esquisita figura humanoide. Será um astronauta?


Depois de almoçar um excelente lomo saltado na cidade, sai novamente para visitar outras linhas, situadas na margem da rodovia Pan-americana. 


Por mais de 50 anos, A alemã Maria Reiche viveu na região e estudou as linhas. Há um pequeno museu onde era sua casa, com artefatos Nazca e mapas que ela desenhou. Grande parte do reconhecimento internacional das linhas e da cultura Nazca (inclusive patrimônio da humanidade) se deve ao seu inestimável trabalho.



Até a próxima!


terça-feira, 26 de julho de 2016

11o. Trecho: Arequipa a Nazca

Após dois dias de descanso da moto, retomei viagem, agora em direção a Nazca. 
Saíndo de 2.500 m, desci até o oceano Pacífico, e percorri mais de 300 km margeando o mar, entre praias e falésias. Em função da corrente de Humboldt, a temperatura da costa não ultrapassou os 15 graus.


O vai e vem das ondas do mar sobre as pedras faz um ruído interessante, parecendo um ronco de uma pessoa dormindo. Será por isso que ele é chamado Pacífico? 



segunda-feira, 25 de julho de 2016

Cañon de Colca

Ao norte de Arequipa, no meio de altas montanhas e vulcões nevados (alguns ainda ativos), está o cânion mais profundo do mundo: o do rio Colca.


Cercado de terraços pré-incas e de povoados coloniais, o cânion apresenta belas paisagens. Ao norte, exixtem dois extintos vulcões, de onde brotam as nascentes do rio Amazonas, recentemente descobertas, que o tornam o rio mais longo do mundo. 


Entretanto, o ponto alto do cânion são os condores, que planam ao longo de suas bordas. Com sua envergadura de 3 m e vivendo até 100 anos, eles são os reis dos ares, não são mesmo?


Arequipa

TTerra natal de Mario Vargas Llosa, Arequipa é um oásis no meio do deserto peruano.


Situada aos pés de dois vulcões, a imponência de seus prédios coloniais, igrejas e mosteiros, além do Canon de Colca, tornam-na um atrativo para turistas de todo o mundo.


Fiquei num hotel que era um antigo palácio, bem no centro. As bandeiras nas fachadas comemoram a semana da independência, conquistada há 200 anos pelo general San Martin.


O ponto alto da cidade é o Monastério de S. Catarina, do séc. XVII, que é uma mini cidade. As monjas ainda vivem ali, cercadas de história e obras de arte. 



Visitei também o museu arqueológico, onde está a menina inca encontrada congelada no pico do monte Ampato, há vinte anos. Simplesmente fantástico. 



domingo, 24 de julho de 2016

10o. Trecho: Tiwanaco - Arequipa

Do altiplano boliviano (4 mil m), sai em direção oeste para o Peru, mais especificamente Arequipa.
Entre os dois estavam os Andes, cujo passo tinha mais de 4.800 m. Passei ao lado do lago Titicaca em Desaguadero (fronteira entre os dois países).


A vista dos picos gelados e a estrada sinuosa, cheia de precipícios (e llamas), é inesquecível.


Nos pontos mais altos, passei por vertentes geladas, apesar de a temperatura estar na faixa dos 10 graus. Baixando em direção a Arequipa, a puna (vegetação rasteira) deu lugar a um deserto inóspito. Cheguei a Arequipa ao anoitecer, depois de 600 km e 8 h de viagem. Entretanto, a vista e a emoção de pilotar nos Andes praticamente sozinho, compensaram o esforço.



Tiwanaco

OÀs margens da estrada entre La Paz e a fronteira peruana, está localizado o incrível sítio arqueológico de Tiwanaco. Este local foi o centro desta civilização pré-inca, que floresceu entre os sécs. VI e XII.



Além de um imponente centro religioso, com pirâmides, portais de pedra e "estellas" (colunas), há peças de cerâmica, bronze e múmias (estas últimas num museu). Sua agricultura era bastante avançada para a época, cultivando milho, quinoa e outros produtos.


O polimento das pedras parece ter sido feito por máquinas. O sol e a lua, como com os astecas e maias, foram homenageados com portais.


Não se sabe a causa do desaparecimento da civilização, mas a sua localização num grande planalto cercado de montanhas, me diz que foram vários anos de seca. 


Até a próxima!

quinta-feira, 21 de julho de 2016

9o. Trecho: Uyuni - La Paz / La Paz

Seguindo na direção norte pelo altiplano, passei por Oruro e, 550 km depois, cheguei à caótica La Paz. Esta primeira impressão foi desfeita com um pitoresco passeio pela cidade na manhã seguinte.
Comecei pela praça Murillo, onde estão a presidência, o congresso e a catedral.


Em seguida, visitei a igreja e o museu de São Francisco, fundada no séc. XVI, a qual está bem preservada.



Em seguida, fui ao pitoresco Mercado das Bruxas, com medicamentos alternativos e fetos de llamas.


Belas estátuas, como a do marechal Sucre, que uniu a Bolívia depois da independência, estão espalhadas pela cidade.


A tarde, tomei duas linhas do incrível teleférico, que serve de metrô, e fui a El Alto, e depois ao novo bairro de San Miguel. A vista lá de cima é de tirar o fôlego, pois La Paz fica no interior de um caldeirão.






Uyuni!

Não há imagens ou palavras que possam descrever o Salar de Uyuni. Este grande lago de sal, localizado no pé de picos e vulcões do altiplano boliviano, é o maior do mundo, 5 vezes o tamanho do DF. 


Após passar a 1a. noite da viagem em temperaturas abaixo de zero, sai bastante animado para vencer os 100 km de sal até a ilha de Incahuasi. O GPS aqui é muito importante, pois uma vez entrando no salar, se perde totalmente a noção de direção. A visão ampla proporcionada pela moto e a suavidade do sal endurecido é indescritível.


Incahuasi é uma pequena ilha de pedra e cactos, com uma trilha que leva ao seu cume. Depois de tomar um chá de coca para esquentar o frio de -2 graus do salar, fiz algumas fotos.


Num pequeno restaurante, provei um filé de llama na chapa. Acho que Sissi ficaria surpresa.


Depois de um dia cheio no salar, voltei de van num tour às 4 da manhã, com temperatura de -10 graus. O esforço valeu a pena.





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